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Boa leitura!

A Queda dos Deuses Antigos #5 – Guerra Divina – Ano da Queda, Yyrm


Os três companheiros estavam espantados com a descoberta. Não é todo dia que se vê um Deus pessoalmente e eles estavam frente a frente com um dos mais influentes deles. Sir Kelder, O Radiante, era uma das mais respeitáveis e confiáveis divindades de todo o Panteão. Mas o que levaria uma figura tão importante a vagar pelo mundo sem nem mesmo saber onde estava?

-Me desculpe senhor, – Venathia foi a primeira a falar – mas o senhor não deveria saber o nome dos reinos?

Loregan olhou para a jovem como se ela estivesse insultando o nome do cavaleiro, mas antes que falasse qualquer coisa, Sir Kelmer respondeu à garota com uma voz forte e ao mesmo tempo macia.

-Acredito que não farei mal em lhes contar isso. Há uma guerra divina acontecendo. Uma guerra em proporções nunca antes vista.

-Guerra? – disse o mais novo membro do grupo – Não estou sabendo de nada a respeito.

-Até ontem, tudo estava acontecendo às escondidas. Faz apenas alguns dias que surgiu um grupo de criaturas querendo subir ao posto de divindades, derrubando os atuais membros do Panteão no processo. Nós não levamos os avisos desse grupo, que se auto-intitula Os Novos Deuses, muito a sério. E, na tarde passada, o primeiro ataque aconteceu. Eu fui um dos primeiros a cair.

Loregan parecia incrédulo. Como seria possível que Sir Kelder caísse em uma batalha contra alguém que nem ao menos tivesse poderes divinos?

-Como eles...

-Como eles me venceram? – O Cavaleiro Radiante não parecia se envergonhar em dizer isso – Segundo os próprios Novos Deuses, eles conseguiram descobrir uma forma de retirar o poder divino de qualquer criatura. Não faço idéia de como fazem isso, mas no momento estou praticamente mortal.

-Praticamente? – Perguntou Loregan – Como alguém pode ser praticamente mortal?

-Apesar de estar preso nesse corpo mortal, eu posso sentir que parte dos meus poderes permanece comigo. Apesar de ser apenas uma pequena parcela das minhas capacidades originais, eu acredito que seja o suficiente para que eu encontre um grupo de aventureiros dispostos a me ajudar.

-Você disse “aventureiros”? – Perguntou Venathia.

O Império - Capítulo 3 - Dor - 127 D.C


Capítulo 3 - Dor
127 D.C

E assim a vida continou. Tylor nunca tivera um período tão feliz em sua vida. E nunca mais iria ter. Porque ele estava vivendo em uma bolha de felicidade. E bolhas sempre estouram.

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Era uma tarde cinzenta. Tylor estava caminhando distraidamente na rua, pensando na noite anterior. Encontrara Leona e a garota estava linda, como sempre. Haviam ido novamente para a pequena floresta fora dos portões da cidade, mas dessa vez... Dessa vez havia sido diferente.
Tylor lembrava de cada detalhe. De como sentira a pele macia da jovem em seus lábios. De como o cheiro de pétalas de rosa que emanava da garota o deixara anestesiado. De como os dois gritaram em uníssimo de prazer.

O garoto ainda sonhava acordado quando sentiu uma pancada em seu estômago.

-O qu...

Não teve tempo de completar a frase. A dor o atingiu como um raio. Um mar de socos e pontapés vindos ele não sabia de onde o encontraram e, quando se deu conta, estava no chão, encolhido, tentando se defender. Mas as pancadas não paravam e, de repente, tudo escureceu.

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A primeira coisa que Tylor percebeu quando abriu os olhos foi que já era noite cerrada. A segunda foi que todos os seus músculos e ossos doíam como se um trator tivesse passado em cima dele. Ao tentar se sentar, o garoto soltou um gemido involuntário de dor. Uma sombra passou pela linha de visão do menino e o seu primeiro pensamento foi em se proteger. Mas foi uma voz calma que disse :

-Finalmente você acordou, Tylor.

Girando a cabeça ao redor, Tylor viu um homem loiro e alto o encarando. Aparentava ter cerca de 40 anos. Mas o mais impressionante eram os seus olhos. Eram extremamente pertubadores, parecendo desnudar a alma de quem os fitasse.

-Quem é você?

-Um amigo. Parece que você se meteu em confusão aqui...Alguma idéia de quem fez isso com você?

O homem parecia genuinamente preocupado.

-Não. Mas....como você sabe o meu nome?

- Sou um velho amigo do seu pai. Aqui, tome esse anel.

O homem estendeu a mão e Tylor imediatamente reconheceu o anel de seu pai. Era brilhante, no formato de uma cobra com grandes olhos verdes. Nas poucas vezes em que Tylor vira Reagan, ele sempre estivera com o anel no dedo.

-Como...Como você conseguiu isso?

-Tylor, trago uma péssima notícia. Seu pai foi morto em uma batalha.

Imediatamente, o menino se sentiu como se toda sua vontade de viver tivesse sido sugada para dentro de um buraco no chão.Seu pai....Morto?? Seus olhos rapidamente se encheram de lágrimas, mas o garoto conseguiu segurar o choro.

-Voc..Você .. está mentindo!!!

-Tylor, olhe para meus olhos. Estou falando a verdade. Reagan era um grande amigo e um companheiro valoroso. Sei que é difícil para você, mas devo lhe contar a verdade. Foi seu último desejo e eu devo isso a ele.
O homem pareceu tomar uma pausa para respirar fundo.

- Tylor, seu pai era um soldado da resistência, e deu a própria vida em uma batalha contra o déspota Thor.

-Nããão!!Você está enganado!Ele era o soldado do rei!

-Não Tylor, não era.

-EUUU NÃO ACREDITOOO!

E o garoto, cego pela dor e pela raiva, avançou sobre o homem, socando furiosamente o ar.

-Calma - disse o homem, segurando os braços do garoto. Olhe bem o anel que está na sua mão. Não está vendo as inscrições? D.P. Defensores do Povo. Reagan nunca lhe falou nada sobre isso?

Tylor se lembrava de uma discussão que entreouvira de Rita com seu pai, há alguns anos atrás. Na época não entendera o porquê de sua tia chamá-lo de traidor e covarde, intitulando-o de "defensor do próprio umbigo''. Nem a relutância que ele sempre tivera em contar onde conseguira aquele anel. Mas agora tudo fazia sentido.

E então o garoto não agüentou mais e começou a chorar. Porque seu pai estava morto e toda sua vida até então fora uma grande mentira.

Novos Banners RPGS

Colocarei aqui os novos Banners do blog em vários tamanhos (dessa vez combinando com o layout). Caso queiram algum tamanho diferente dos apresentados aqui, basta enviar um pedido para tulicloure12@yahoo.com.br, dizendo as dimensões desejadas.

Clique na imagem para acessar a página no Photobucket.

125x25
170x50
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Caso haja algum interesse em colocar um banner de seu site no RPGS, favor contatar pelo e-mail citado acima.

Novo Layout

Como alguns devem ter notado, o layout do RPGS sofreu algumas "leves" alterações. Agora com um tema mais agradável aos olhos (segundo meu ponto de vista), os banners do blog também serão trocados em breve.

Gostaria de pedir que comentem e digam o que acham do novo visual, se preferem o antigo, etc.

Noite Sangrenta #19 – Noite Sangrenta – 775 d.Q., Tycon


Os corpos dos assassinos agora estavam espalhados no chão, com enormes ferimentos deixando a carne à mostra. Havia sangue por toda parte. Lyrot estava no meio da sala, de pé, com as mãos e o rosto tingidos de vermelho. A mobília da casa estava completamente destruída, as penas das almofadas repousavam no chão e algumas das janelas de vidro estavam em cacos.

Mas o pior não era o estado em que seu lar se encontrava no momento, nem o ataque que havia sofrido há pouco. O que preocupava Lyrot era o corpo que agora descansava inerte no canto do cômodo. O corpo que pertencera a sua mulher.

Lyrot olhava para o cenário ao seu redor e imagens de terror e morte vinham à sua mente. A imaginação o lançava cenas cheias de sangue nas quais matava Clara em fúria terrível e incontrolável. A maldição novamente voltava para lhe atormentar. E dessa vez, causando um mal terrível, que o acompanharia por toda vida.

Aquela noite, ele tinha se tornado o assassino. E não havia nada que pudesse mudar essa terrível verdade. Lyrot nem ao menos fazia idéia do que levara aqueles homens à sua casa para matá-lo. Mas assim que ameaçaram Clara, sua visão se turvou e ele perdeu o controle. Quando voltou a si, estava parado no meio da sala e coberto de sangue, em parte do de sua amada, descobrindo aos poucos o que acontecera.

Lyrot não podia deixar de se culpar pelo que acabara de ocorrer. Ele sabia de todos os riscos em que colocava Clara quando a trouxe para morar consigo. Sabia da carga que carregava e mesmo assim deixou que se aproximassem. Agora as conseqüências de um relacionamento que nunca deveria ter acontecido finalmente aparecem, e da pior maneira possível.

Não era a primeira vez que matava uma pessoa inocente enquanto estava na forma lupina, mas nunca antes havia sequer ferido alguém tão próximo. Até aquela noite, Lyrot usava o lobisomem como uma arma. Mas a Fera era incontrolável e assassina, e usá-la era como caminhar em uma floresta na neblina, nunca se sabe para onde está indo. Mas dessa vez, aquilo custara a vida de uma pessoa que amava. E isso provavelmente ocorreria várias vezes mais se continuasse a tentar viver uma vida normal.

Agora Lyrot podia ver, certo como o nascer do sol, que deveria se afastar. A vida que planejava não era compatível com sua maldição. Esse tipo de mistura só poderia levar a um resultado: morte daqueles que o rodeavam. Ele aceitaria a proposta do Conde. Lutar como um guardião lhe parecia solitário demais, mas agora era exatamente isso que procurava. Não seria mais conhecido como Lyrot Blackwing, seu nome passaria a ser Lyrot, O Solitário.

Aquela noite foi decisiva para o guerreiro. A transformação em lobisomem já o havia feito sofrer demais. Não deixaria que algo assim acontecesse novamente. Lyrot lutaria o máximo que conseguisse para que a Fera nunca mais tirasse a vida de algum inocente. Para que nunca mais precisasse olhar para trás e ver um rastro de sangue sob seus pés.