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Boa leitura!

O Herdeiro#5 – A Coroa – 764 d.Q., Zacrest

"O filho perfeito do mal,

Sobre a Terra irá reinar.

E uma escuridão sem igual,

Fará o mundo se curvar.

Novamente as trevas reinarão,

Enquanto durar a noite.

Num reino de Sombra e Solidão,

Onde a vida será um açoite." 


Azzwiters já podia sentir o poder da Coroa em suas mãos. Não importava o quanto a porta estivesse lacrada, o drow entraria ali de qualquer forma. Não só o destino dos elfos negros estava em jogo ali. Todo o futuro do Cosmo estava sendo decidido nesse ataque. 

Com sua simples força de vontade, o Filho-do-Mal rompeu todos os selos mágicos, trancas e armadilhas que protegiam a passagem. Para Azz, aquilo era tão fácil quanto respirar. A porta lentamente girou sobre seu eixo para revelar o interior do enorme salão. Inteiramente contido em uma árvore típica de cidades élficas da região, o local parecia apresentar uma luminosidade natural que destacava o pedestal no centro da sala circular.

Com uma enorme força, a Coroa atraía o drow para perto de si. O mal que havia dentro daquele objeto clamava por liberdade e vingança àqueles que o aprisionaram ali em épocas passadas. Sua fina haste de metal negro continha uma enorme quantidade de espinhos que se erguiam ameaçadoramente. A energia que pulsava do artefato dava a impressão de que a alma do Maldito ainda vivia em seu interior, o que, de certa forma, não deixava de ser verdade.

Sem hesitar, Azzwiters se dirigiu ao centro do salão. Sua mão se erguia com vontade em direção à Coroa. Mas algo fez com que o elfo negro parasse no meio de sua trajetória. Um sorriso de satisfação apareceu no rosto do Filho-do-Mal. Ele ainda derramaria muito sangue naquele dia.


Noite Sangrenta #8 – Tudo que vai...- 786 d.Q., Tycon


Apesar de toda sua experiência em batalhas, Lyrot sentia cada vez mais que não conseguiria vencer como estava. Aparentemente, o tal “veneno” iria lhe causar sérios problemas. A visão do guerreiro estava turva e a lua estava apenas parcialmente visível no céu. Agora, mais do que antes, sombras pareciam mover-se ao redor de Lyrot, ao mesmo tempo em que sons horripilantes tiravam sua concentração. Nessa luta, o guardião só poderia confiar em seus instintos.

Antes que pudesse se focar no ambiente ao seu redor, uma forte pancada na barriga o fez recurvar-se de dor. Lyrot conseguiu ver que Gilbert havia lhe dado um soco, espantando-se com a enorme velocidade do lacaio.

-Não se esqueça, Gilbert: o sangue dele é mortal para nós. Ingerir todo aquele veneno nos faria mal. – a voz de Lorde Greer parecia vinda do fundo de um túmulo enquanto pronunciava essas palavras.

Apesar de não conseguir pensar direito devido aos ataques do serviçal e ao veneno, Lyrot agora entendia grande parte do que estava acontecendo. A referência ao seu sangue fez com que a clássica imagem do Vampiro na mansão viesse à sua cabeça, o que certamente não era bom.

Depois de alguns golpes, Lyrot já não tinha a espada em suas mãos, estando esta caída no lado da sala oposto à janela. Quase nenhum humano poderia ganhar, se seus palpites estivessem corretos, de um vampiro com as mãos nuas. Cada vez que o guardião tentava golpear o lacaio, era acertado e empurrado para traz.

O sangue escorria pela boca de Lyrot e seu corpo quase não suportava mais a dor quando um chute de Gilbert o empurrou contra a janela, fazendo-o cair junto com os pedaços da vidraça. Os cacos de vidro o cortavam e penetravam na sua carne. O guardião já não podia mover seus músculos. A única imagem que Lyrot tinha na cabeça era o reflexo da lua-cheia no sangue.