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Boa leitura!

A Queda dos Deuses Antigos #7 – Alexandre – Ano da Queda, Yyrm


O jovem ladrão deu um gemido quando Loregan o bateu contra a parede. O guerreiro e Venathia o haviam encontrado dentro da cabana mexendo em um armário. Antes que o garoto pudesse se defender, já estava imobilizado.
-Caramba! – Gritou o ladino – Dá pra me falar o que foi que eu fiz agora?
-Como “o quê”? – Indagou Loregan com raiva – Você está tentando fugir!

Por um instante o ladrão olhou com uma expressão confusa para os dois, tentando compreender o que estava se passando ali.

-Fugir? Por que eu fugiria? Eu já estou cansado de ficar fugindo de guardas só por ter roubado algumas talheres de prata. Toda essa coisa de Deuses me deixou interessado!

Loregan aos poucos foi reduzindo a força com que erguia o jovem. Ele parecia estar sendo sincero no que dizia. Aliás, um ladrão no grupo seria de grande valia.

-Espere – Interrompeu Venathia – Nós ainda não sabemos o seu nome.

-Ah, certo! Eu sou Alexandre Dugner.

Algo naquele nome fez com que Venathia parasse por um instante. Ela já tinha ouvido aquilo em algum lugar, só não podia se lembrar de onde.

-Dugner...

Tentando acelerar as coisas, Loregan interrompe o pensamento da elfa e, juntando suas coisas, diz:

-Bem, eu sou Loregan Vien’ac II e essa é Venathia. Agora que estamos devidamente apresentados, talvez devêssemos tentar cumprir nossa missão.

As palavras do guerreiro foram suficientes para lembrar os outros dois da importância do que estavam fazendo. O destino dos Deuses e, provavelmente de todo o mundo estava em jogo naquele instante. E eles nem ao menos sabiam por onde começar.

A jornada seria longa e difícil, mas para o trio, aventura era tudo o que buscavam.

Noite Sangrenta #27 – Lepport – 786 d.Q., Tycon


Lyrot podia sentir que havia algo de errado na cidade. As ruas bem organizadas de Lepport dirigiam-se ao centro, onde seus belos edifícios pareciam se concentrar. Pessoas de várias raças andavam com pressa. As construções se erguiam majestosamente por todos os lados. Comerciantes anunciavam seus produtos nas portas das lojas. À maioria, aquela pareceria uma cidade normal.

Mas alguma coisa fazia com que Lyrot tivesse uma má impressão sobre o lugar desde que adentrara seus portões. Cada som que ouvia nas ruas fazia com que o guerreiro se arrepiasse. As sombras que via com o canto dos olhos levavam-no a virar-se constantemente, esquivando-se de ataques inexistentes. Até mesmo a própria cidade emanava uma aura que o atormentava.

E a cada instante que se passava, essas sensações só aumentavam. Talvez, ele pensava, fosse apenas sua imaginação. Ninguém mais ali parecia estar tendo problemas com qualquer coisa do tipo. As pessoas seguiam seus caminhos sem se preocuparem com demônios ou fantasmas.

De certa forma, isso não era bom para Lyrot. Ele precisaria encontrar alguém que soubesse mais do que ele sobre todo aquele assunto. E o que quer que os cultistas estivessem fazendo, não parecia que fosse algo que chamasse muita atenção. O aviso de Nassar parecia completamente sem fundamentos agora que estava dentro de Lepport.

Novamente, pequenas gotas de chuva começaram a cair do céu. As pessoas se apressavam para chegarem aos lugares a que se dirigiam. Lyrot não encontraria nenhuma pista da organização enquanto não tivesse um plano, e a chuva não ajudava em nada. Foi com isso em mente que o guerreiro se dirigiu ao alojamento mais próximo.

O edifício apresentava três andares, que, a partir da base, iam diminuindo de tamanho. Assim que entrou no pequeno saguão de entrada, uma onda de calafrios percorreu o corpo de Lyrot. Aparentemente, não havia nada de suspeito naquele lugar, mas algo no guerreiro lhe dizia que havia algo estranho. E, durante os longos anos de trabalho como guardião, ele havia aprendido a confiar em seus instintos.

Afinal, toda aquela cidade parecia sombria e maligna. Cada pedra das ruas possuía uma aura de perversidade que nem mesmo o mais virtuoso cavaleiro poderia suportar. Para Lyrot, estava claro que os demônios estavam por trás disso. Só restava encontrar provas.

Enquanto esperasse o tempo melhorar, ele poderia pensar no que faria, e isso não seria fácil. Não havia nenhuma informação sobre onde poderia encontrar os cultistas e dificilmente encontraria alguém que soubesse de algo.

O único meio que conseguia pensar para descobrir algo, era perguntar. Só precisava saber para quem.