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Boa leitura!

O Império - Capítulo I : Introdução - 137 D.C



Capítulo I : Introdução
137 D.C

Era uma bela manhã. Pássaros cantavam na copa de uma grande árvore e a melodia suave e triste encantava o ambiente. Andorinhas esvoaçavam em bandos. As nuvens, brancas como neve, formavam desenhos no céu, contando antigas batalhas, que ninguém conseguia entender. O vento soprava forte, anunciando uma das típicas tempestades de verão, que não tardaria a vir. Na cidade, as donas de casa começavam a tirar as roupas dos varóis, mães gritavam para seus filhos voltarem para casa e ambulantes escondiam suas mercadorias. Velys se preparava para o temporal.

A cidade era o centro comercial e a terceira maior do Império, atrás apenas da capital e da mítica cidade de Favir. Era muito antiga, e desde sua fundação, funcionara como grande centro comercial. Seu porto vivia abarrotado de mercadorias que abasteciam as cidades ao redor e, mais no interior, a capital. Tudo passava pela cidade, de alimentos e remédios a jóias, armas e móveis. Ao redor do porto, haviam pelo menos 30 bares, que viviam abarrotados de marujos, prostitutas e vagabundos. O mais famoso de todos, chamado Cabeça de Boi, tinha inclusive alguns clientes ilustres, entre eles o chefe de polícia – que, segundo diziam as más línguas, era apaixonado pela ruiva que trabalhava em uma das camas do segundo andar do bar. As mais lindas e caras garotas da cidade trabalhavam no lugar. Saindo do Porto de Velys, havia uma grande avenida que cruzava toda a cidade, levando as mercadorias para a estrada central. À direita da avenida principal ficavam os agitados bairros populares. Ali se amontoava o povo da cidade. Mendigos, artesãos, ferreiros, marujos e prostitutas, todos vivendo em barracos ou casas simples . À esquerda da avenida, por sua vez, ficava o bairro dos grandes mercadores. Era grande e quadrado, cercado por uma muralha de pedra, que o separava de toda a sujeira e pobreza. Apenas os moradores e as pessoas que trabalhavam nas casas podiam entrar. O bairro era lindo. Árvores floridas ladeavam todas as ruas, pintando o bairro de amarelo, rosa e roxo. Todas as casas tinham dois andares ou mais. Ali moravam os grandes mercadores, os chefes de departamento municipais e o prefeito. O bairro também dava acesso a um portão secundário e uma estrada, que levava às casas de campo dos ricos. Era rodeada por árvores de diferentes tipos, idades e tamanhos, provocando uma explosão de cor e vida durante a primavera.

Tylor empertigou-se, recolheu suas flechas e começou a voltar para a cidade. Estivera treinando sua pontaria, usando uma árvore velha e retorcida como alvo. O jovem costumava ir treinar ali, longe dos olhares curiosos dos moradores de Velys. Ele era bom com o arco. Se o vento estivesse a seu favor, conseguia acertar um alvo do tamanho de uma maçã a 30 passos de distância, o alcance máximo de sua arma. Era o campeão de vários dos torneios de tiro ao alvo da cidade e chegara inclusive a chamar a atenção de um sargento, que o convidara a ir ao exército, para se tornar um dos arqueiros de elite do rei. Tylor recusara, numa atitude que causara estranheza aos moradores da cidade e fora assunto de fofocas por vários dias. Afinal, quem não queria servir o amado rei Thor, senhor das vastas terras imperiais? E ainda mais em um posto tão importante como o de um integrante dos exércitos de Elite? Uma lavadeira chegara a afirmar que ele era louco. Tylor não dera a mínima para as fofocas. Afinal, ele realmente não era uma pessoa comum. Não mais. Não depois daquela noite....





Noite Sangrenta #1 - O Amanhecer - 786 d.Q., Tycon


A lua ainda estava no céu escuro da noite. Redonda e brilhante. Alguns a achavam bonita, outros a adoravam como divindade. Mas para Lyrot, o Solitário, era a visão mais aterradora que existia. A noite era quando o guardião ficava mais sombrio e quieto. Talvez por isso não saía de sua casa após o escurecer. Talvez por isso ficava se remexendo na cama quando todos dormiam tranquilamente. Era só desaparecerem os últimos raios de sol para que as primeiras lembranças ruins começassem a aparecer. Pode-se dizer que Lyrot gostava de seus pesadelos: perto de todas aquelas terríveis imagens que sua memória insistia em lhe mostrar, eles pareciam um sonho. Com todas as janelas da casa fechadas, não era possível nem mesmo saber como estava o céu. Mas podia-se sentir o suave cheiro de chuva se aproximando ao Norte. Lyrot gostava de chuva. Limpava-lhe a mente e o corpo. Espantava as sombras da noite. Ele enfim poderia dormir.

Os primeiros raios de sol ainda começavam a aparecer quando Lyrot se levantou com um pulo. "Mais um pesadelo.", pensou enquanto pegava sua espada. Para a maioria das pessoas, dormir segurando uma arma parecia um hábito estranho, e até sombrio, mesmo entre os guardiões. Mas Lyrot tinha seus motivos, os mesmos que o faziam dormir de roupa. Segundo se lembrava ele tinha recebido um chamado do Conde de Tycon, e isso nunca era uma boa notícia. Ser um guardião podia até ter seu lado bom, mas as responsabilidades e perigos faziam essas vantagens praticamente imperceptíveis. Lyrot colocou a espada no cinto e abriu a porta da casa. Ele vivia em uma casa-na-árvore longe da cidade, para que tivesse a ilusão de que não poderia ferir nenhuma pessoa. Ao menos assim conseguiria ao menos tentar dormir de noite. Seria uma longa caminhada até o castelo, mas ele não tinha escolha. Ele odiava o Conde com tudo o que podia, mas estava preso a ele.

Não tinha tempo para comer agora. No momento, sua mente vagava pelo seu passado...

O que diabos é RPGS?


Muitos de vocês devem estar se perguntando "o que diabos é esse blog?". Mas antes, devemos nos perguntar o que realmente é o RPG. Um jogo? Um teatro? Um ritual satânico? RPG é criar histórias em grupo, onde cada um dos autores se torna responsável por uma parte da mesma. O objetivo do RPGS (role-playing game stories) é escrever histórias, sejam elas versões transcritas de jogos ou contos completamente novos. As "obras serão divididas em capítulos e poderão ser interligadas e relacionadas entre si. Aceitamos sugestões (envie por e-mail para um dos Autores com assunto "RPGS"). Outros tópicos relacionados a RPG também serão abordados conforme a disponibilidade de tempo e pedidos de leitores. Desejamos criatividade e inspiração a todos os Bardos do Brasil e da Terra Média!

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