Participe

Qualquer história que possua o marcador Aberta pode ser escrita por qualquer visitante. Basta continuar o conto de forma coerente nos comentários ou enviando o texto por e-mail para

rpgsproject@yahoo.com.br

Boa leitura!

Banners RPGS

Colocarei aqui os Banners do blog em vários tamanhos. Caso queiram algum tamanho diferente dos apresentados aqui, basta enviar um pedido para tulicloure12@yahoo.com.br, dizendo as dimensões desejadas.

Clique na imagem para acessar a página no Photobucket.

125x25
170x50
468x60

Caso haja algum interesse em colocar um banner de seu site no RPGS, favor contatar pelo e-mail citado acima.

Noite Sangrenta #11 – Uma Luz na Escuridão – 786 d.Q., Tycon

As árvores passavam rapidamente enquanto Lyrot corria pela floresta. As gotas de chuva caíam sobre o que sobrara de sua roupa rasgada. A folhagem densa da mata cobria os primeiros raios de sol daquele dia, dando à cena um tom sombrio e fúnebre. O ar pesado da floresta tornava a respiração já cansada do guardião arfante.

Lyrot não queria parar. Não enquanto houvesse para onde andar. Queria se afastar de tudo e pensar. Era o que fazia quando causava tragédias como a da última noite. E cada vez que o homem-lobo matava alguém, parte de sua alma morria junto. Mas Lyrot tinha algo pelo que lutava. Algo que o mantinha de pé nos momentos de terror. Lyrot tinha sua irmã.

Após um longo tempo correndo sem rumo entre as árvores, Lyrot caiu de joelhos na terra úmida da floresta. O cansaço da noite o atingia com força agora. Ele havia parado em frente a um pequeno lago, quase totalmente encoberto pelas copas das árvores. A raiva aos poucos se ocultava nas profundezas da mente do guardião. Conforme se acalmava, Lyrot percebeu uma estranha luminosidade vinda da água límpida da lagoa.

Como que magicamente, a chuva parou e o sol penetrou por entre os galhos das árvores, criando reflexos na superfície do lago. Uma figura de forma humana pairava acima da água e parecia aproximar-se cada vez mais. Mas nesse instante Lyrot perdeu a consciência.

Quando voltou a si, o guardião estava deitado no que parecia uma cama de folhas e vestia roupas de linho novas e limpas. Lyrot se sentia estranhamente bem e quente, como se tivesse passado vários dias dormindo ali. Levantando-se cautelosamente, ele se deparou com a figura que tinha visto anteriormente no lago.

Agora era possível descrever a jovem que estava parada à sua frente. Além de um par de asas, a figura graciosa possuía uma pele lisa e azulada que atribuía à sua imagem um tom angelical. Seus olhos da cor do oceano causavam uma sensação reconfortante, ao mesmo tempo em que intrigavam o guardião.

-Finalmente acordou – disse a dama com uma voz que lembrava o canto das sereias – Temos muito trabalho pela frente e pouco tempo para fazê-lo.

O Herdeiro#6 – Luta pelo Poder – 764 d.Q., Zacrest

"O filho perfeito do mal,

Sobre a Terra irá reinar.

E uma escuridão sem igual,

Fará o mundo se curvar.

Novamente as trevas reinarão,

Enquanto durar a noite.

Num reino de Sombra e Solidão,

Onde a vida será um açoite."

-Que bom que você veio, Natzara – a voz do drow parecia vir da camada mais profunda do inferno.

-Ora, ora. Pensei que tivesse te enviado em uma missão há 200 km daqui – a voz da matriarca da cidade deixava o sarcasmo escorrer.

Azzwiters virou-se em direção à porta. Natzara usava sua roupa de guerra e trazia uma adaga em uma de suas mãos. Mas Azz conhecia a sacerdotisa bem demais para deixar-se acreditar que seria uma batalha fácil.

-A missão cumprida com sucesso. Acho que não levou nem dez minutos – o drow fazia questão de lembrar a matriarca de seus poderes assombrosos.

Tentando atingir o Filho-do-Mal de surpresa, Natzara ergue uma de suas mãos em direção. Um relâmpago parte de seus dedos para atingir Azz no peito. Para o drow aquilo era apenas uma diversão. Esquivando-se da magia da sacerdotisa, ele chega até o lado de sua adversária com uma velocidade imensurável. A lâmina élfica, porém, pareceu cortar apenas fumaça quando deveria penetrar o peito da matriarca.

-Você não achou que eu me deixaria atingir tão facilmente, não é? – a voz de Natzara parecia vir de todas as direções ao mesmo tempo, como se sua fonte não estivesse ali.

Um pensamento passou pela mente rápida de Azzwiters. Algo que arruinaria seus planos e colocaria a drow em uma posição muito superior à sua. Mas Azz sabia todas as táticas de Natzara e podia prever o que ela faria em seguida.

A espada do drow pareceu cortar o ar enquanto Azzwiters rapidamente retornava para a sua posição ao lado da Coroa. Gotas de sangue pingavam no chão surgindo aparentemente de lugar nenhum. Lentamente, o corpo de Natzara foi aparecendo poucos passos atrás de onde a arma de Azz estivera há pouco.

-Talvez nós dois devêssemos parar de subestimar nossos adversários não é mesmo? – Azzwiters apareceu em frente à sacerdotisa. Mas dessa vez, a lâmina da espada estava enterrada em carne real – Ou talvez não haja mais tempo para isso...

A matriarca caiu de joelhos no chão. A espada atravessando sua barriga fazia sangue escorrer de seu ventre em enormes quantidades. Natzara tentou falar, mas também havia sangue em sua boca. Não demorou muito para que a morte alcançasse a sacerdotisa, liberando o caminho da Coroa para Azzwiters.