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Boa leitura!

Noite Sangrenta #22 – Nova Caça – 786 d.Q., Tycon

A porta dupla do salão se abriu com um estrondo. Lyrot entrou pisando forte, a cabeça cheia de hipóteses e teorias. A imagem do terrível demônio ainda preenchia sua mente, terrível e ameaçador. O livro estava guardado em sua casa para que fosse analisado depois, mas era como se estivesse aberto na sua frente, mostrando todas aquelas imagens cheias de sangue e dor.

O guardião percorreu toda a extensão do salão até se aproximar do trono do Conde. Sem maiores cerimônias, Lyrot soltou a cabeça de Bismor Morte-Negra aos pés do seu senhor.

-A missão foi terminada – Disse o guardião, sem tirar os olhos do Conde – Bismor liderava um grupo de cultistas que causavam as perturbações de que o senhor falou. Todos foram eliminados e em breve tudo voltará ao normal.

Sem se incomodar com o crânio manchando seu tapete, o Conde de Tycon fala com um tom de orgulho:

-É por isso que você é um dos meus favoritos, Lyrot. Quando te peço para fazer alguma coisa você faz. Seu poder me surpreende cada dia mais.

-Então por que não me ajuda a encontrar minha irmã como prometeu? A cada dia que passa tudo o que eu recebo são mais e mais mortes para carregar em minhas costas enquanto Kate continua perdida.

-Não diga isso, Lyrot. Você sabe tanto quanto eu que eu tenho tentado o máximo possível, mas meus esforços parecem não ser o suficiente...

O guardião sabia o quanto aquilo era mentira. Cada palavra do nobre ameaçava a tênue barreira que segurava a raiva de Lyrot.

-Talvez nós estejamos errados – Foi a frase menos ofensiva que conseguiu dizer. Para ele não faria mais diferença o que o Conde pensava. O desejo de Lyrot era nunca mais ver aquele homem em sua frente. Havia decidido que se quisesse encontrar Kate, teria que fazer isso com suas próprias mãos – Vou me retirar agora.

Sem esperar uma resposta do Conde, Lyrot virou-se e saiu a passos largos do salão. Agora, ele voltaria para casa. E, sem o Conde em seu caminho, ele só tinha que se concentrar em encontrar sua irmã. E a única pista que tinha no momento era o livro.

Ele não tinha aliados em quem confiar, não tinha senhores a quem servir, nem tropas a comandar. Tudo o que estava ao seu alcance era sua força de vontade e seu poder. E seria o suficiente para causar um bom estrago.

A caça começava agora.

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