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Boa leitura!

Noite Sangrenta #20 – Morte-Negra – 786 d.Q., Tycon

A sala era escura e as paredes rachadas davam ao lugar uma aparência gótica. Teias de aranha e ossos de pequenos animais que haviam ficado presos ali mostravam que o Mausoléu não era aberto há muito tempo. A luz mórbida da lua penetrava fracamente por duas pequenas e velhas janelas redondas próximas ao teto, iluminando parcialmente o cenário.

Podia-se ver alguns corpos jogados próximos às paredes. Sangue fresco manchava o chão em vários pontos. Eles não pareciam pertencer a mortos-vivos, já que ainda apresentavam alguns tons de vida. Suas roupas, mantos longos e negros, sugeriam algo mais sombrio, provavelmente aqueles que criaram os zumbis.

Mas Lyrot não se importava com eles. Não ligava se os matara enquanto estava dominado pela Fera, suas mortes eram um preço pequeno a pagar pelo que fizeram. Mas algo deixava o guardião preocupado. E o motivo de tal preocupação estava sob seus joelhos.

Aparentemente a única coisa viva que restara naquele lugar amaldiçoado era o homem que estava preso pelo peso do corpo de Lyrot. A longa barba negra e os olhos esbranquiçados eram velhos conhecidos do guerreiro. Aquele que estava sob seu punho erguido, preparado para um golpe, era um de seus colegas guardiões.

Conhecido como Bismor Morte-Negra, o necromante trabalhava a serviço do Conde de Tycon desde antes de Lyrot ter nascido, sendo provavelmente o mais antigo guardião da região. Os dois nunca tinham sido amigos, mas tampouco inimigos. O que intrigava o guerreiro era que alguém que supostamente deveria dedicar-se a proteger o reino, estava na verdade por trás de um culto satânico. O que significava que ele não podia mais confiar em ninguém.

Vendo que Lyrot hesitava em atacá-lo, Bismor, com sangue escorrendo pelo canto da boca, gaguejou:

-Não se lembra Ly? Sou eu, Bismor!

-É por isso que estou com tanto nojo – o necromante se encolheu com a declaração, como se esperasse um golpe violento – Como você pôde? Violar o corpo de todas aquelas pessoas, torturar a floresta daquele jeito...

Morte-Negra percebeu que não adiantaria se esquivar. O faro do guerreiro era bom e ele parecia saber o bastante para fazer com que fosse impossível inventar uma mentira. Uma risada chiada começou a sair da garganta do necromante.

-Você não pode impedir o futuro! Nada pode mudar o que está por vir! – Bismor parecia não se preocupar mais com a morte que se aproximava – Assim como não pode trazer sua irmã de volta!

Nesse instante Lyrot perdeu a cabeça. Com um único movimento, o guardião quebrou o pescoço do cultista. Aquelas seriam suas últimas palavras.

2 comentários:

  1. Vc já deve ter cansado de ouvir isso...
    Mas eu, que nem gosto de rpg, n paro de ler teu blog! Essa historia então... Tem as manhas, Túlio ^^

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  2. Mais uma vez, muito obrigado Melyssa!
    Quando eu crio as histórias eu faço como se tivesse jogando RPG. Entro nos personagens, penso como eles, e decido como eles. O resultado é esse que você vê.

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