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Boa leitura!

Noite Sangrenta #15 – Terra Morta – 786 d.Q., Tycon

Lyrot lembrava-se muito bem de quando brincava naquela floresta com sua irmã. Nunca houvera nenhum pântano naquela região. E mesmo como guardião já estivera muitas vezes realizando missões naquelas redondezas. Algo tinha feito com que as coisas mudassem muito por ali.

O cheiro de podridão agora pairava no ar, fazendo com que o guerreiro sentisse enjôos. Enquanto a água escura subia cada vez mais de nível, seres rastejavam por entre suas pernas. Mosquitos voavam em bandos ao seu redor, tornando o lugar apenas mais desagradável. As árvores retorcidas e estranhas do pântano pareciam versões macabras daquelas encontradas na floresta mais atrás. Todo o local parecia ter sido retorcido.

Lembranças das árvores verdes e vivas que costumavam tornar aquele local tão vibrante invadiam a mente de Lyrot. Aquela parte da floresta era onde costumava ir para fugir de seus problemas. As plantas e animais que ali habitavam inspiravam um sentimento de reconforto no guardião. Mas agora tudo o que sentia ao olhar para aquele cenário era uma repulsa. Um sentimento cada vez maior de tristeza e desespero.

O ar fétido do pântano desanimava o guardião gradualmente, afetando o guerreiro sem que ele percebesse. Depois de horas andando naquela paisagem sombria, o coração de Lyrot sentia-se triste e solitário.

Por um instante o guerreiro pensou em parar, mas a lembrança do que o levava até ali reanimou suas forças. Ele teria Kate de volta, nem que tivesse que passar o resto de sua vida naquele lugar. Cada vez mais, Lyrot sentia sua raiva pelos responsáveis por tudo isso aumentar em seu interior. Aqueles que fizeram tal atrocidade com a floresta deveriam pagar, e o preço não seria barato. Para o guardião aquele era apenas um ponto a mais na lista de crimes dos cultistas.

Talvez fosse por causa disso que a fada se interessava tanto no sucesso da missão. Afinal, sendo ela supostamente uma criatura protetora da floresta, desejaria que tudo voltasse ao normal. A possibilidade parecia passar longe de ser aceitável para Lyrot, mas isso não importava agora.

O guardião estava mais preocupado com as centenas de corpos que jaziam nas águas lamacentas do pântano.

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