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Boa leitura!

Noite Sangrenta #11 – Uma Luz na Escuridão – 786 d.Q., Tycon

As árvores passavam rapidamente enquanto Lyrot corria pela floresta. As gotas de chuva caíam sobre o que sobrara de sua roupa rasgada. A folhagem densa da mata cobria os primeiros raios de sol daquele dia, dando à cena um tom sombrio e fúnebre. O ar pesado da floresta tornava a respiração já cansada do guardião arfante.

Lyrot não queria parar. Não enquanto houvesse para onde andar. Queria se afastar de tudo e pensar. Era o que fazia quando causava tragédias como a da última noite. E cada vez que o homem-lobo matava alguém, parte de sua alma morria junto. Mas Lyrot tinha algo pelo que lutava. Algo que o mantinha de pé nos momentos de terror. Lyrot tinha sua irmã.

Após um longo tempo correndo sem rumo entre as árvores, Lyrot caiu de joelhos na terra úmida da floresta. O cansaço da noite o atingia com força agora. Ele havia parado em frente a um pequeno lago, quase totalmente encoberto pelas copas das árvores. A raiva aos poucos se ocultava nas profundezas da mente do guardião. Conforme se acalmava, Lyrot percebeu uma estranha luminosidade vinda da água límpida da lagoa.

Como que magicamente, a chuva parou e o sol penetrou por entre os galhos das árvores, criando reflexos na superfície do lago. Uma figura de forma humana pairava acima da água e parecia aproximar-se cada vez mais. Mas nesse instante Lyrot perdeu a consciência.

Quando voltou a si, o guardião estava deitado no que parecia uma cama de folhas e vestia roupas de linho novas e limpas. Lyrot se sentia estranhamente bem e quente, como se tivesse passado vários dias dormindo ali. Levantando-se cautelosamente, ele se deparou com a figura que tinha visto anteriormente no lago.

Agora era possível descrever a jovem que estava parada à sua frente. Além de um par de asas, a figura graciosa possuía uma pele lisa e azulada que atribuía à sua imagem um tom angelical. Seus olhos da cor do oceano causavam uma sensação reconfortante, ao mesmo tempo em que intrigavam o guardião.

-Finalmente acordou – disse a dama com uma voz que lembrava o canto das sereias – Temos muito trabalho pela frente e pouco tempo para fazê-lo.

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