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Noite Sangrenta #6 - Invadindo o Pesadelo - 786 d.Q., Tycon

As nuvens que cobriam as estrelas não eram as únicas marcas da chuva que havia passado. O telhado do velho casarão estava molhado e escorregadio. A idade das telhas também piorava a situação. Mas Lyrot já tinha pisado em solos menos estáveis na sua vida.

A mansão do Lorde Greer era bem grande e provavelmente tão velha quanto a própria cidade. O guardião já tinha entrado nela algumas vezes para realizar uma missão ou mesmo por convite do dono da casa, mas nunca às escondidas. Lyrot não se lembrava de ter ouvido falar de nenhum caso de invasão ao casarão, o que não lhe agradava muito.

O encontro no bosque não lhe saía da cabeça. Agora ele estava parado no telhado de uma velha mansão, prestes a entrar pela janela. Lyrot por nenhum instante deixou de pensar que aquilo era uma armadilha, mas ele confiava em suas habilidades. Se haviam preparado algo para ele, era melhor que fosse realmente bom.

O guardião não tinha muito tempo para perder. Enrolou sua mão na capa e quebrou a janela, pulando no chão do sótão em seguida. Assim que colocou os pés na madeira podre, as tábuas se  partiram e o guerreiro caiu no andar de baixo, cortando a coxa em um castiçal que estava pendurado  na parede.

Assustado, Lyrot rolou para trás de um sofá. Com certeza tinham ouvido todo aquele barulho. E não iria demorar para que fossem verificar o que tinha acontecido. O corte que recebera não era profundo e não iria causar nenhum problema se o lavasse mais tarde, por isso se concentrou em sair dali.

O silêncio dentro da mansão era perturbador. A noite ali dentro parecia mais escura e solitária. Algo ali parecia diferente do que se lembrava. Os objetos e móveis estavam arrumados à perfeição, mas parecia que ninguém sequer olhava para todo aquele luxo há anos. Os passos de Lyrot lhe soavam constrangedoramente altos. A única coisa que se ouvia era o ranger do assoalho sob seus pés.

Mas mesmo assim, o guardião não podia deixar de pensar que havia algo ali que o observava. Durante todos esses anos, Lyrot tinha aprendido a confiar em seus instintos e quase sempre estava certo. E agora esse sentimento era muito forte. Era como se pudesse quase tocar o perigo que estava ali. Talvez fosse a falta de luz, ou o cansaço da noite, mas Lyrot sentia que tinha acabado de cair na armadilha.

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