-Eu saber não poder confiar homi bêbado – resmungou Baruk, jogando o pedaço de papel que supostamente era um mapa para trás.
A estrada parecia seguir interminavelmente por entre as plantações de trigo. Não havia nem sinal do acampamento.
-Talvez devêssemos perguntar a um desses agradáveis camponeses que obviamente terão grande prazer em nos ajudar – Sugeriu o elfo.
Talvez os camponeses que olhavam para a dupla não parecessem tão amigáveis assim (provavelmente por causa de seus olhares raivosos, instrumentos de colheita fortemente segurados, e aparência de quem esteve trabalhando durante dias sem descanso), mas isso não os impedia de perguntar.
O anão já estava se dirigindo a uma senhora que segurava uma foice ameaçadoramente, quando um grito fez-se ouvir pelos companheiros. Virando-se bruscamente, Baruk grita para um homem que perseguia uma pequena figura.
-Não maltratar criança! Baruk gostar de criança!
O pequeno garoto de bochechas rosadas corre para trás das pernas do anão, de onde reclamou:
-Eu não sou criança. Sou um gnomo!
O homem que o perseguia parou em frente à Baruk e com o peito inchado disse:
-Saia da frente em nome do Rei Lokus! Quem lhe ordena é o oficial...
O anão não deixou que a frase terminasse. Com um forte soco, fez com que o guarda caísse no chão empoeirado com um baque. Finalmente virando-se para o gnomo e passando-lhe a mão na cabeça, Baruk pergunta:
-Qual ser seu nome, garoto?
-Meu nome é Dennis, e já disse que não sou criança!
O elfo, espantado com o interesse do anão e cansado de tanto andar, pergunta ironicamente:
-Por que não aproveita e adota ele?
Provavelmente aquelas palavras fariam com que o mago se arrependesse amargamente de ter aberto a boca.
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