Lyrot não podia mais perder tempo naquele lugar. Nem mesmo sabia quanto tempo havia ficado descansando ali.
-Sinto muito – Disse o guardião virando-se em direção à floresta – Como você mesma disse tenho pouco tempo.
-Então não o perca na mansão. Não há nada pra ver lá além de morte e sofrimento – A voz da jovem era tão misteriosa quanto o fundo de um lago escuro.
Surpreso com o conhecimento da garota, Lyrot parou e voltando a encará-la perguntou:
-Como pode saber disso?
-Eu sei muito mais do que você imagina Lyrot, o Solitário. Muito mais do que é seguro para você. Mas isso não importa. Tudo o que tem que saber é o que deve ser feito agora.
-E por que te ouviria? Apesar de saber meu nome e título, eu nem mesmo sem o quê você é.
-Vocês humanos têm vários nomes para o que eu sou. Fada, espírito, ninfa, anjo. Já ouvi todos esses mais de uma vez durante toda a minha existência. Pode-se dizer que sou um pouco de cada.
-Isso ainda não me dá razões para continuar aqui – Apesar das palavras, Lyrot estava curioso demais para sair.
-Não espero que acredite em mim por enquanto. Mas não irá demorar muito para que veja com os próprios olhos o que quero te mostrar. Por enquanto, irei te ajudar com a sua missão. É tudo o que preciso.
Lyrot olhou desconfiado para aquela criatura mística. Apesar de sentir-se bem ali, sua mente lhe dizia que havia algo estranho naquela história.
-O que você ganha me ajudando? – O guardião não esperava uma resposta satisfatória para sua pergunta, mas sentiu necessidade de fazê-la.
-Quando sua missão estiver completa, você também terá me ajudado. Basta saber que temos um interesse em comum.
-E como você pode me ajudar? Nunca ouvi falar de fadas que pudessem lutar com vampiros, homens encapuzados e sabe-se lá o quê mais encontrarei.
-Mas com certeza já ouviu falar de fadas que pudessem ouvir das árvores onde está sua irmã...
Nenhum comentário:
Postar um comentário